Porque é importante a classificação de riscos no relatório técnico?
- GESTURBE

- 6 de nov.
- 2 min de leitura
O que significa classificar riscos numa due diligence técnica?
A classificação de riscos é a etapa que transforma observações técnicas em informação estratégica.
Durante a due diligence, são detetadas dezenas de anomalias ou desconformidades; a classificação organiza-as por gravidade, urgência e impacto, permitindo ao cliente compreender o que exige ação imediata e o que pode ser planeado.
Na ImoVeritas, seguimos a metodologia RICS/SCSI e aplicamos princípios da norma ISO 31000 – Gestão do Risco, garantindo coerência e rastreabilidade na análise.
Porque é essencial esta etapa?
Sem hierarquização, um relatório técnico seria apenas uma lista de problemas.
A classificação de riscos permite:
Priorizar ações – focar recursos nas anomalias críticas;
Planear investimentos – distinguir custos imediatos de despesas futuras;
Negociar com fundamento – justificar revisões de preço com base em dados quantificados;
Comparar ativos – avaliar edifícios diferentes com o mesmo critério de risco.
Como se classificam os riscos numa due diligence?
A ImoVeritas usa uma matriz de risco 4×4, que cruza:
Probabilidade de ocorrência (rara, possível, provável, quase certa)
Impacto no imóvel (baixo, médio, alto, crítico)
Da combinação resulta um nível de risco (verde → baixo; amarelo → moderado; laranja → alto; vermelho → crítico).
Cada anomalia é ainda associada a uma prioridade temporal:
Imediata – segurança, estabilidade ou legalidade;
Curto prazo (1-2 anos) – desempenho ou funcionalidade;
Médio prazo (3-5 anos) – manutenção preventiva;
Longo prazo (> 5 anos) – eficiência e valorização.
Que critérios técnicos são utilizados?
A classificação considera quatro dimensões:
Segurança – risco de colapso, incêndio, choque elétrico, queda de elementos;
Conformidade legal – incumprimento de normas (RGEU, SCIE, REH, DL 163/2006);
Funcionalidade – impacto no uso do edifício e conforto dos ocupantes;
Financeira – custo potencial de reparação ou substituição.
Cada constatação é analisada individualmente, ponderando contexto e severidade.
Como é apresentada a informação no relatório?
O relatório técnico inclui uma tabela-síntese de riscos com colunas para:
Descrição da anomalia;
Localização;
Causa provável;
Nível de risco (cor);
Prazo recomendado;
Estimativa de custo.
Este formato visual facilita a leitura e a tomada de decisões rápidas, mesmo por clientes não técnicos.
Que benefícios práticos traz esta metodologia?
Transparência – o cliente sabe exatamente o que é urgente;
Eficiência – otimiza recursos e investimentos;
Responsabilização – define prioridades para construtores ou administradores;
Comparabilidade – padroniza relatórios, permitindo benchmarking entre ativos.
Conclusão
A classificação de riscos é o coração analítico da due diligence técnica.
Permite transformar observações dispersas em informação estratégica, convertendo o diagnóstico técnico num verdadeiro instrumento de gestão patrimonial e de decisão de investimento.
Na ImoVeritas, cada relatório inclui uma matriz de risco validada por engenheiros séniores, assegurando objetividade, clareza e valor prático.
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