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Como deve ser estruturado o relatório técnico de due diligence?

Porque é o relatório técnico o elemento central da due diligence?


O relatório é o produto final de todo o processo de due diligence técnica.É nele que convergem as observações, medições, análises e interpretações técnicas.Um relatório bem estruturado deve ser simultaneamente técnico, objetivo e útil — capaz de servir tanto um engenheiro como um investidor estrangeiro sem formação técnica.


Na ImoVeritas, seguimos um modelo de relatório que conjuga as normas RICS/SCSI com a experiência prática em inspeções de edifícios residenciais, comerciais e industriais em Portugal.


Quais são as secções essenciais de um relatório técnico?


O relatório divide-se em oito partes fundamentais, cada uma com função específica:


1 Capa e sumário executivo

Apresenta a identificação do imóvel, localização, data da vistoria e técnicos responsáveis.

O sumário executivo resume as conclusões principais:

  • Condição geral do imóvel;

  • Principais red flags;

  • Estimativas de investimento imediato e futuro;

  • Síntese das recomendações.


Este resumo deve permitir que o cliente compreenda o essencial em 5 minutos.


2 Enquadramento e escopo

Define o objetivo da due diligence, o tipo de ativo, as áreas inspecionadas, as exclusões e limitações. Por exemplo, em edifícios habitacionais, podem ser excluídas áreas privadas sem acesso; em imóveis industriais, pode ser limitado o estudo ambiental.

Esta secção garante transparência e gestão de expectativas.


3 Metodologia aplicada

Descreve os critérios técnicos utilizados, as normas de referência (RICS, SCSI, ASTM, ISO 31000) e as ferramentas de diagnóstico (termografia, medição de humidade, levantamento fotográfico).Inclui a data e condições da visita, as fontes documentais analisadas e a lista de interlocutores.


4 Descrição do imóvel

Apresenta o contexto físico e urbanístico: localização, tipologia, ano de construção, número de pisos, área bruta, utilização atual e regime de propriedade (lote, fração, condomínio, etc.).Inclui também observações sobre o ambiente envolvente (topografia, acessos, infraestruturas, enquadramento no PDM).


5 Resultados técnicos detalhados

É o corpo principal do relatório.

Divide-se por sistemas construtivos:

  • Estrutura e fundações;

  • Fachadas e coberturas;

  • Interiores e acabamentos;

  • Instalações elétricas, hidráulicas, de gás e AVAC;

  • Segurança contra incêndios e acessibilidade;

  • Eficiência energética e sustentabilidade.

Cada elemento inclui descrição, observações, fotografias e classificação de risco.


6 Matriz de risco

Resume os achados de forma visual, cruzando probabilidade e impacto.

Cada anomalia é posicionada numa tabela de cores (verde, amarelo, laranja, vermelho), permitindo priorizar ações corretivas.

A matriz é acompanhada de recomendações hierarquizadas e prazos de execução (imediato, 1 ano, 3 anos, >5 anos).


7 Estimativa de custos (Capex e Opex)

Apresenta valores indicativos de reparações, substituições e manutenção.

Os custos são agrupados por categoria e horizonte temporal:

  • Capex → investimento em obras e reabilitação;

  • Opex → manutenção e operação recorrente.

    As estimativas são baseadas em preços de mercado atualizados e ajustadas ao tipo de imóvel e região.


8 Conclusões e recomendações finais

Fornece uma visão integrada sobre o ativo:

  • Condição global (Boa / Razoável / Deficiente / Crítica);

  • Riscos imediatos e potenciais;

  • Custos de investimento a curto e médio prazo;

  • Potencial de valorização ou necessidade de desinvestimento.

As recomendações finais traduzem o diagnóstico técnico em informação acionável para o comprador, o investidor ou o gestor do ativo.


Porque é importante o formato visual e a clareza do relatório?


Relatórios extensos e de leitura difícil perdem valor.

O cliente precisa de compreender rapidamente o que está bem, o que está mal e quanto custará corrigir.

Por isso, cada relatório ImoVeritas inclui:


  • Sumário gráfico com ícones e cores por nível de risco;

  • Fotografias numeradas e legendadas;

  • Tabelas de custos e prazos;

  • Anexos técnicos completos (ensaios, medições, certidões).


O formato é compatível com as práticas RICS, permitindo que investidores estrangeiros reconheçam a estrutura e a terminologia.



Conclusão


Um relatório técnico de due diligence é muito mais do que um documento de inspeção: é um instrumento de decisão estratégica.

A sua estrutura deve equilibrar rigor técnico e clareza comunicacional, traduzindo a complexidade da engenharia em informação objetiva e compreensível.

Na ImoVeritas, cada relatório segue este modelo, assegurando que o cliente tem em mãos um diagnóstico técnico fiável e um verdadeiro suporte para decisões de investimento em Portugal.


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