Porque a eficiência energética é um fator crítico nas due diligences técnicas?
- GESTURBE

- 6 de nov.
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Porque a eficiência energética é hoje determinante no mercado imobiliário?
A eficiência energética deixou de ser um detalhe técnico para se tornar um fator central de decisão na compra, venda ou gestão de imóveis.
Em Portugal — tal como em toda a União Europeia — a legislação, os custos de energia e as exigências ambientais fazem da avaliação energética uma componente indispensável da due diligence técnica.
Um edifício com fraca eficiência energética representa maiores custos operacionais, maior impacto ambiental e menor valor de mercado.
Por isso, qualquer relatório técnico sério deve avaliar não só o estado físico da construção, mas também o seu desempenho energético global.
O que é avaliado na eficiência energética de um imóvel?
A análise de eficiência energética examina a forma como o edifício consome, retém e perde energia.
Na ImoVeritas, esta avaliação inclui:
Isolamento térmico das envolventes (paredes, coberturas, pavimentos);
Caixilharias e vidros, verificando estanquidade e pontes térmicas;
Sistemas de climatização (AVAC) e respetiva manutenção;
Iluminação natural e artificial;
Produção de energia renovável (painéis solares, fotovoltaicos, bombas de calor);
Ventilação e qualidade do ar interior;
Certificado energético e sua validade.
O cruzamento destes elementos permite determinar o desempenho real e o potencial de melhoria do imóvel.
Qual a relação entre eficiência energética e valor de mercado?
Estudos europeus (RICS, European Energy Efficiency Directive) demonstram que imóveis com melhor desempenho energético:
valorizam entre 5 % e 15 % mais que os de baixa classe energética;
são arrendados mais rapidamente e a preços superiores;
apresentam custos de operação até 40 % inferiores.
Na prática, a eficiência energética aumenta a competitividade e liquidez do ativo imobiliário.
Para investidores e compradores, é um fator de segurança económica e reputacional.
Como a due diligence técnica avalia a eficiência energética?
A ImoVeritas integra sempre um módulo energético no relatório de due diligence.
O processo envolve:
Recolha documental — certificados, faturas, relatórios de manutenção de AVAC, projetos térmicos.
Inspeção in loco — medições de temperatura, verificação de isolamento e equipamentos.
Análise de desempenho e conforto — estimativa de consumo anual e perdas energéticas.
Recomendações técnicas — intervenções com retorno financeiro (ROI).
Cada recomendação é quantificada: custo estimado, poupança anual e tempo de retorno.
Quais são as melhorias mais comuns e eficazes?
Substituição de caixilharias com rutura térmica e vidros duplos;
Isolamento térmico em coberturas e fachadas;
Instalação de bombas de calor e painéis solares;
Iluminação LED com sensores de presença;
Ventilação mecânica controlada (VMC);
Gestão inteligente de energia (sistemas BMS).
Em edifícios urbanos típicos, estas medidas reduzem consumos entre 20 % e 35 % e melhoram o conforto térmico e acústico.
Qual o enquadramento legal em Portugal?
O Decreto-Lei n.º 101-D/2020 estabelece o Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios (REH) e obriga à certificação energética em todas as transações imobiliárias.
Este diploma impõe metas de eficiência e integra-se no programa europeu “Fit for 55”, que visa reduzir 55 % das emissões até 2030.
O certificado energético emitido pela ADENE é, portanto, documento obrigatório e indicador técnico-económico.
Conclusão
A eficiência energética é uma métrica de valor e responsabilidade.
Na due diligence técnica, ela deixa de ser uma variável isolada e passa a ser critério central de qualidade.
A ImoVeritas avalia o desempenho energético com rigor técnico e propõe soluções viáveis, ajudando clientes a investir em imóveis sustentáveis, económicos e em conformidade com o futuro energético da Europa.
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