Estudo técnico: patologias mais frequentes detetadas em edifícios de habitação
- GESTURBE

- 6 de nov.
- 2 min de leitura
Porque conhecer as patologias é essencial na gestão do edificado?
As patologias construtivas são manifestações físicas de falhas nos materiais, na execução ou na manutenção. Afetam diretamente o desempenho, a segurança e o valor dos imóveis. Ao longo de centenas de inspeções e due diligences técnicas, a ImoVeritas identificou um conjunto de anomalias recorrentes no parque habitacional português, resultado de clima, idade dos edifícios e ausência de manutenção preventiva.
Infiltrações e humidades
A anomalia mais comum em edifícios de habitação. Origem frequente:
Coberturas planas com impermeabilização envelhecida;
Defeitos em caleiras e tubos de queda;
Falhas na drenagem de varandas e terraços;
Humidade ascendente em paredes térreas.
Consequências: degradação de revestimentos, bolores, corrosão de armaduras e perda de eficiência térmica.
Solução: diagnóstico de origem, substituição de membranas, revisão de drenagens e ventilação adequada.
Fissuras e deformações estruturais
Causadas por assentamentos diferenciais, retrações de materiais ou sobrecargas. As fissuras devem ser analisadas segundo tipo, localização e evolução.
Sinais de alerta: fissuras em paredes estruturais, vigas ou juntas de dilatação.
Solução: inspeção estrutural, monitorização e eventual reforço localizado.
Corrosão de armaduras em betão armado
Comuns em edifícios entre 1950 e 1990, devido à carbonatação e infiltração de água.
Efeitos: perda de secção útil, destacamento de recobrimentos e fissuração.
Solução: remoção de zonas degradadas, passivação e proteção superficial (LNEC E 465).
Degradação de fachadas e revestimentos
Rebocos soltos, manchas e delaminação de pinturas são sintomas de má aderência ou de humidades internas.
Solução: identificação da causa (condensação, infiltração, sais) e aplicação de sistemas de revestimento compatíveis e respiráveis.
Instalações técnicas obsoletas
Redes elétricas sem disjuntores diferenciais;
Canalizações em ferro galvanizado ou fibrocimento;
Sistemas de gás e ventilação desatualizados. Estas falhas comprometem a segurança e eficiência energética.
Solução: substituição integral das redes e atualização dos sistemas segundo o REH e RGIE.
Falhas de isolamento térmico e acústico
Mais de 60 % dos edifícios portugueses não possuem isolamento adequado.
Consequência: desconforto térmico, condensações e consumos energéticos elevados.
Solução: reforço de isolamento e substituição de caixilharias com rutura térmica, respeitando o equilíbrio higrotérmico da construção.
Conclusão
As patologias construtivas são previsíveis — e, portanto, preveníveis. A ImoVeritas transforma o conhecimento acumulado em recomendações técnicas que prolongam a vida útil dos edifícios, reduzem custos e aumentam o conforto. Identificar é proteger; prevenir é valorizar.
Comentários