Como a due diligence técnica pode ajudar a negociar o preço de compra?
- GESTURBE

- 6 de nov.
- 3 min de leitura
Porque é que a due diligence técnica tem valor negocial?
Um relatório técnico independente fornece dados concretos sobre o estado real do imóvel.
Em vez de argumentos subjetivos, o comprador passa a dispor de evidência documentada, fotografias, medições, estimativas de custos e referências normativas, que justificam ajustes no preço ou nas condições contratuais.
A due diligence técnica é, assim, uma ferramenta de poder negocial tão relevante quanto a avaliação financeira.
Como transformar o relatório técnico numa vantagem na negociação?
A estratégia passa por três passos:
Identificar custos ocultos – reparações, substituições, obras de legalização.
Quantificar impactos – traduzir anomalias em euros e prazos.
Apresentar o relatório de forma objetiva – com foco nos factos e não em perceções.
Na ImoVeritas, cada relatório inclui uma estimativa orçamental detalhada, validada por engenheiros e arquitetos, o que confere credibilidade e força de negociação ao comprador.
Que tipo de situações justificam revisão do preço?
Necessidade de reparação de coberturas ou substituição de impermeabilizações;
Fachadas degradadas com risco de destacamento;
Sistemas elétricos ou hidráulicos obsoletos;
Ausência de licença de utilização ou desconformidade urbanística;
Deficiências estruturais com necessidade de reforço;
Elevadores ou AVAC em fim de vida útil;
Eficiência energética muito baixa (classe F ou G).
Quando o relatório apresenta custos estimados de 30 000 € ou mais, é legítimo negociar redução equivalente no preço final ou exigir execução das obras antes da escritura.
Como apresentar as conclusões sem comprometer a relação com o vendedor?
O relatório deve ser usado como instrumento técnico e não como arma de confronto.
Recomenda-se:
Entregar cópia resumida das conclusões (sumário executivo e custos principais);
Justificar a revisão de preço com base em “fatos técnicos identificados”;
Propor soluções equilibradas (redução, obras prévias, retenção contratual).
Esta abordagem demonstra profissionalismo e aumenta a credibilidade do comprador.
Como os bancos e fundos utilizam a due diligence técnica?
Instituições financeiras, seguradoras e fundos imobiliários usam relatórios técnicos independentes para:
Validar garantias reais;
Determinar valores de financiamento;
Prever necessidades de Capex nos próximos cinco anos;
Avaliar riscos de incumprimento normativo (SCIE, acessibilidade, energia).
Ter um relatório técnico ImoVeritas antes de solicitar crédito reforça a confiança da entidade financiadora e pode acelerar a aprovação do financiamento.
Como a due diligence influencia o planeamento financeiro?
O relatório indica custos imediatos e diferidos, permitindo calcular o custo total de propriedade e não apenas o preço de compra.
Exemplo: um imóvel com preço de 500 000 € e obras urgentes de 40 000 € tem um custo real de 540 000 €.
Esta informação ajuda o comprador a reavaliar propostas e tomar decisões racionais, evitando endividamento excessivo.
Que valor tem um relatório independente numa negociação entre particulares?
Num mercado onde muitos compradores confiam apenas em “olhar” o imóvel, apresentar um relatório técnico imparcial distingue o comprador informado.
Para o vendedor, o relatório também pode ser útil — permite antecipar objeções, corrigir falhas e defender o preço com base em transparência.
A due diligence técnica é, por isso, uma ferramenta de equilíbrio que beneficia ambas as partes.
Conclusão
Negociar bem é negociar com informação.
Um relatório técnico robusto fornece ao comprador os argumentos e a confiança necessários para ajustar o preço e garantir que o investimento é justo e sustentável.
Na ImoVeritas, cada due diligence é um instrumento de decisão e de negociação responsável — traduzindo dados técnicos em valor real e segurança patrimonial.
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