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A evolução do conceito de Due Diligence : das empresas ao setor imobiliário

O termo Due Diligence surgiu muito antes de ser aplicado ao mercado imobiliário.

Originalmente associado a operações empresariais e financeiras, o conceito evoluiu para se tornar uma ferramenta essencial na avaliação e gestão de risco de ativos imobiliários.


Hoje, a Due Diligence Técnica representa uma ponte entre a engenharia, o direito e a economia, e é um dos pilares da segurança em qualquer investimento imobiliário.



As origens empresariais da Due Diligence


A expressão due diligence tem origem no direito anglo-saxónico e significa literalmente “diligência devida”.Nas décadas de 1930 e 1940, o termo começou a ser usado no contexto financeiro norte-americano, designando os processos de verificação prévia que os investidores deveriam realizar antes de adquirir ações, empresas ou outros ativos.O

objetivo era garantir que as informações prestadas pelos vendedores eram verdadeiras, completas e fiáveis.


Com o tempo, o conceito ganhou dimensão jurídica, sendo incorporado nos processos de fusões e aquisições (M&A), onde equipas multidisciplinares analisavam a situação legal, contabilística, fiscal e operacional das empresas-alvo.Essa prática profissional consolidou o princípio de que decidir com informação é um dever, e não apenas uma opção.



A expansão para o setor imobiliário


A partir dos anos 1980, a Due Diligence começou a ser aplicada ao mercado imobiliário.Com o aumento da complexidade das transações — sobretudo em empreendimentos urbanos e ativos de grande valor — tornou-se evidente a necessidade de processos formais de verificação técnica e legal antes da compra.


Nasceu assim a Due Diligence Imobiliária, que reúne diferentes especialidades (jurídica, fiscal, urbanística e técnica) para avaliar um imóvel de forma completa.No seu interior, destaca-se a Due Diligence Técnica, que avalia o estado físico, construtivo e funcional dos imóveis, identificando anomalias, irregularidades e riscos técnicos que possam comprometer o valor do investimento.



A Due Diligence Técnica como evolução natural


A Due Diligence Técnica representa a evolução lógica do conceito tradicional.

Se a Due Diligence jurídica se concentra em licenças e registos, e a financeira em números e contratos, a vertente técnica analisa a materialidade do ativo — o edifício, o terreno, as suas infraestruturas e o seu desempenho ao longo do tempo.


É um processo que combina engenharia, arquitetura e gestão imobiliária, traduzindo o conhecimento técnico em informação estratégica.

A sua função é garantir que o comprador não apenas adquire um imóvel legalmente seguro, mas também tecnicamente sólido, funcional e sustentável.



De auditoria a instrumento de decisão


A Due Diligence deixou de ser vista como uma simples auditoria documental e passou a ser entendida como um instrumento de decisão.

No caso dos imóveis, a sua função é dupla: detetar riscos e identificar potencial de valorização.

Um edifício degradado, um terreno com restrições urbanísticas ou uma moradia com obras ilegais são riscos identificáveis antes da compra.

Mas a Due Diligence Técnica também revela oportunidades: edifícios com boa estrutura para reabilitação, terrenos com capacidade de expansão, ou imóveis cuja eficiência energética possa ser melhorada com investimentos controlados.


A informação técnica é, assim, o ponto de partida para decisões conscientes e investimentos rentáveis.



Conclusão: a maturidade do conceito em Portugal


Em Portugal, a Due Diligence Técnica tem ganho relevância nos últimos anos, acompanhando a profissionalização do mercado imobiliário e o aumento do investimento estrangeiro.

Hoje, já não se trata apenas de verificar documentos ou vistoriar imóveis: trata-se de compreender o ativo em todas as suas dimensões, jurídica, construtiva e económica.


A ImoVeritas integra essa visão moderna e completa da Due Diligence:

avaliar com rigor técnico, atuar com independência e transformar dados técnicos em decisões seguras.

É assim que o conceito evoluiu, e é assim que continua a evoluir no mercado português.






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