A Due Diligence Técnica como escudo contra riscos ocultos e custos inesperados
- GESTURBE

- 3 de nov.
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Comprar um imóvel é uma decisão importante, com implicações financeiras e jurídicas significativas.
No entanto, muitos compradores concentram-se apenas em fatores visíveis — preço, localização, aparência — e ignoram o que está “por detrás das paredes”.
É precisamente nesse espaço invisível que se escondem os maiores riscos.
A Due Diligence Técnica surge como o instrumento que revela o que o olhar comum não vê, garantindo decisões de compra seguras, informadas e sem surpresas.
O que são riscos ocultos num imóvel?
Os riscos ocultos são problemas ou deficiências que não são imediatamente visíveis, mas que podem ter impacto direto na segurança, funcionalidade e valor do imóvel.
Estes riscos podem incluir:
Deficiências estruturais não aparentes;
Infiltrações internas e humidade oculta;
Instalações elétricas ou de gás fora de norma;
Obras realizadas sem licença;
Falhas de isolamento térmico ou acústico;
Irregularidades urbanísticas ou documentais.
Estes problemas, quando não detetados antes da compra, podem transformar um bom investimento num encargo técnico e financeiro grave.
Como a Due Diligence Técnica identifica esses riscos
A Due Diligence Técnica consiste numa análise física e documental completa, realizada por engenheiros e arquitetos independentes, com o objetivo de avaliar o estado real e a conformidade técnica do imóvel.
O processo inclui inspeções presenciais, análise de projetos e licenças, verificação das redes técnicas, levantamento de anomalias e estimativa de custos de correção.
Com base nessa informação, o comprador obtém um relatório detalhado com:
Diagnóstico técnico do estado do imóvel;
Identificação de anomalias e irregularidades;
Estimativa de custos de reparação e manutenção (CapEx e OpEx);
Recomendações para mitigação de riscos e planeamento futuro.
É, na prática, uma raio-X técnico do imóvel antes da assinatura do contrato.
A prevenção é mais barata do que a reparação
Um dos erros mais comuns no mercado imobiliário é considerar a Due Diligence Técnica um custo adicional, quando na verdade é um investimento em prevenção.
Os custos de reparação após a compra — sejam estruturais, urbanísticos ou energéticos — são sempre muito superiores ao valor de uma inspeção prévia.
Além disso, o relatório técnico pode ser utilizado para negociar o preço de compra, ajustar prazos de contrato ou definir responsabilidades entre comprador e vendedor.
Assim, a Due Diligence Técnica não só protege financeiramente o comprador, como também reforça o seu poder negocial.
Segurança jurídica e técnica na compra de imóveis
A realização de uma Due Diligence Técnica demonstra boa-fé e diligência por parte do comprador, cumprindo o dever de verificação prévia previsto no direito português.
Em caso de litígio, o relatório técnico serve como prova documental da prudência e da boa conduta do comprador.
Do ponto de vista técnico, garante que o imóvel cumpre os requisitos legais de utilização e segurança, evitando embargos, coimas ou a necessidade de legalizações posteriores.
A conjugação entre segurança jurídica e fiabilidade técnica é o verdadeiro alicerce de uma compra sólida.
Conclusão: comprar com olhos técnicos
Comprar com confiança é comprar com conhecimento.
A Due Diligence Técnica não é apenas uma formalidade: é uma ferramenta de proteção, transparência e responsabilidade.
Ela traduz a diferença entre comprar o que se vê — e comprar o que se entende.
Na ImoVeritas, acreditamos que a melhor forma de evitar surpresas é ver antes do que os outros só descobrem depois.
A informação técnica é o escudo mais seguro de quem investe no mercado imobiliário.
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