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A Due Diligence Técnica como escudo contra riscos ocultos e custos inesperados

Comprar um imóvel é uma decisão importante, com implicações financeiras e jurídicas significativas.


No entanto, muitos compradores concentram-se apenas em fatores visíveis — preço, localização, aparência — e ignoram o que está “por detrás das paredes”.


É precisamente nesse espaço invisível que se escondem os maiores riscos.


A Due Diligence Técnica surge como o instrumento que revela o que o olhar comum não vê, garantindo decisões de compra seguras, informadas e sem surpresas.



O que são riscos ocultos num imóvel?


Os riscos ocultos são problemas ou deficiências que não são imediatamente visíveis, mas que podem ter impacto direto na segurança, funcionalidade e valor do imóvel.


Estes riscos podem incluir:

  • Deficiências estruturais não aparentes;

  • Infiltrações internas e humidade oculta;

  • Instalações elétricas ou de gás fora de norma;

  • Obras realizadas sem licença;

  • Falhas de isolamento térmico ou acústico;

  • Irregularidades urbanísticas ou documentais.


Estes problemas, quando não detetados antes da compra, podem transformar um bom investimento num encargo técnico e financeiro grave.



Como a Due Diligence Técnica identifica esses riscos


A Due Diligence Técnica consiste numa análise física e documental completa, realizada por engenheiros e arquitetos independentes, com o objetivo de avaliar o estado real e a conformidade técnica do imóvel.


O processo inclui inspeções presenciais, análise de projetos e licenças, verificação das redes técnicas, levantamento de anomalias e estimativa de custos de correção.

Com base nessa informação, o comprador obtém um relatório detalhado com:


  • Diagnóstico técnico do estado do imóvel;

  • Identificação de anomalias e irregularidades;

  • Estimativa de custos de reparação e manutenção (CapEx e OpEx);

  • Recomendações para mitigação de riscos e planeamento futuro.


É, na prática, uma raio-X técnico do imóvel antes da assinatura do contrato.



A prevenção é mais barata do que a reparação


Um dos erros mais comuns no mercado imobiliário é considerar a Due Diligence Técnica um custo adicional, quando na verdade é um investimento em prevenção.


Os custos de reparação após a compra — sejam estruturais, urbanísticos ou energéticos — são sempre muito superiores ao valor de uma inspeção prévia.


Além disso, o relatório técnico pode ser utilizado para negociar o preço de compra, ajustar prazos de contrato ou definir responsabilidades entre comprador e vendedor.


Assim, a Due Diligence Técnica não só protege financeiramente o comprador, como também reforça o seu poder negocial.


Segurança jurídica e técnica na compra de imóveis


A realização de uma Due Diligence Técnica demonstra boa-fé e diligência por parte do comprador, cumprindo o dever de verificação prévia previsto no direito português.


Em caso de litígio, o relatório técnico serve como prova documental da prudência e da boa conduta do comprador.


Do ponto de vista técnico, garante que o imóvel cumpre os requisitos legais de utilização e segurança, evitando embargos, coimas ou a necessidade de legalizações posteriores.


A conjugação entre segurança jurídica e fiabilidade técnica é o verdadeiro alicerce de uma compra sólida.


Conclusão: comprar com olhos técnicos


Comprar com confiança é comprar com conhecimento.


A Due Diligence Técnica não é apenas uma formalidade: é uma ferramenta de proteção, transparência e responsabilidade.


Ela traduz a diferença entre comprar o que se vê — e comprar o que se entende.


Na ImoVeritas, acreditamos que a melhor forma de evitar surpresas é ver antes do que os outros só descobrem depois.


A informação técnica é o escudo mais seguro de quem investe no mercado imobiliário.

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