Quem realiza uma Due Diligence Técnica?
- GESTURBE

- 3 de nov.
- 2 min de leitura
Uma Due Diligence Técnica não é apenas um relatório, é o resultado do trabalho coordenado de uma equipa multidisciplinar de técnicos especializados.
A sua função é avaliar de forma objetiva, independente e rigorosa o estado físico, construtivo e documental de um imóvel, seja uma fração, um edifício ou um terreno.
Para garantir a fiabilidade dos resultados, é essencial que o processo seja conduzido por profissionais qualificados e independentes, com experiência comprovada em avaliação técnica de ativos imobiliários.
O papel dos engenheiros e arquitetos
Os engenheiros civis e os arquitetos são os principais responsáveis pela realização da Due Diligence Técnica.
Estes profissionais analisam o edifício sob vários pontos de vista: estrutural, construtivo, funcional e regulamentar.
Durante a vistoria técnica, avaliam:
O estado das estruturas, fachadas, coberturas e elementos comuns;
As condições das redes técnicas (eletricidade, águas, esgotos, gás, AVAC, telecomunicações);
O cumprimento das normas de acessibilidade, segurança e eficiência energética;
A eventual existência de anomalias, patologias construtivas ou deficiências de manutenção.
O seu trabalho é documentado num relatório detalhado, com diagnóstico técnico e recomendações práticas.
Apoio de especialistas complementares
Em função da complexidade do imóvel, podem intervir outros técnicos especializados, tais como:
Engenheiros eletrotécnicos e mecânicos, para avaliar instalações e sistemas técnicos;
Engenheiros ambientais, para verificar eventuais contaminações em terrenos ou edifícios;
Avaliadores imobiliários, para determinar o valor de mercado e os custos de reabilitação;
Topógrafos, para confirmar limites e áreas de terreno;
Juristas ou solicitadores, para validar documentação e licenças municipais.
Esta abordagem multidisciplinar permite uma visão completa do imóvel, cruzando informação técnica, legal e económica.
A importância da independência
A independência da equipa técnica é o que garante a credibilidade da Due Diligence.
Os técnicos não podem estar ligados a nenhuma das partes interessadas, comprador, vendedor ou intermediário, evitando conflitos de interesse e assegurando imparcialidade total.
A imparcialidade é, portanto, o que transforma um simples relatório num instrumento de decisão fiável e juridicamente defensável.
Coordenação e entrega do relatório
Durante o processo, um coordenador técnico — geralmente um engenheiro ou arquiteto sénior — assegura a coerência da análise e a articulação entre as várias especialidades.
O resultado final é um relatório técnico independente, com:
Diagnóstico do estado atual do imóvel;
Identificação de anomalias e riscos;
Estimativas de custos (CAPEX e OPEX);
Recomendações de mitigação e prioridades de intervenção.
O relatório pode ser apresentado em português, francês ou inglês, consoante o perfil do cliente e a natureza da transação.
Conclusão: confiança técnica ao serviço da decisão
A Due Diligence Técnica é uma ferramenta de confiança.
E essa confiança nasce da competência técnica, da experiência e da independência de quem a executa.
Ao confiar o processo a engenheiros e arquitetos especializados, o comprador garante que cada detalhe do imóvel foi verificado e documentado com rigor, antes de qualquer compromisso financeiro.
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