Como funciona o processo de Due Diligence Técnica?
- GESTURBE

- 7 de nov.
- 2 min de leitura
Como se inicia o processo de due diligence técnica?
O primeiro passo é definir o objetivo da análise: compra, venda, arrendamento ou reabilitação. Em função disso, determinamos o escopo técnico, os prazos, os acessos e a documentação necessária.
Esta fase de planeamento inclui a assinatura de um termo de serviço onde se estabelecem os limites, responsabilidades e formato do relatório.
Quais são as principais etapas do processo?
1 Recolha e análise documental
Nesta fase reunimos todos os elementos relevantes: projetos de arquitetura e especialidades, licenças de construção e de utilização, certificado energético, atas de condomínio, relatórios de manutenção e documentos fiscais.
O objetivo é verificar se o imóvel está devidamente licenciado, se existem incongruências entre o construído e o aprovado e se há pendências urbanísticas ou fiscais.
2 Inspeção técnica no local
A inspeção é o coração da due diligence técnica.A equipa visita o imóvel e realiza observações visuais e instrumentais para avaliar:
Estruturas, fundações e paredes portantes;
Coberturas e impermeabilizações;
Fachadas, janelas e caixilharias;
Instalações elétricas, hidráulicas, de gás, climatização e segurança;
Condições de ventilação, conforto térmico e acessibilidade.
Os achados são registados em fichas de campo, com fotografias e medições, garantindo rastreabilidade total.
3 Análise crítica e cruzamento de informação
Com base nos dados recolhidos, comparamos o imóvel com normas técnicas (RGEU, REH, DL 101-D/2020, SCIE, etc.) e boas práticas internacionais (RICS/SCSI).Cada não-conformidade é avaliada quanto à gravidade, probabilidade de ocorrência e impacto financeiro.Elaboramos uma matriz de risco, classificando cada anomalia em níveis (baixo, médio, alto) para priorizar as intervenções.
4 Relatório técnico e recomendações
O relatório é a síntese de todo o processo e inclui:
Sumário executivo — síntese dos principais riscos e conclusões;
Diagnóstico técnico detalhado, com descrição e localização das anomalias;
Matriz de risco e “red flags”;
Estimativa de custos, distinguindo investimentos imediatos e a médio prazo;
Recomendações técnicas — ações corretivas e preventivas.
Cada relatório é formatado para ser compreendido por qualquer decisor, mesmo sem formação técnica, mantendo a precisão necessária para engenheiros e arquitetos.
Quanto tempo demora uma due diligence técnica?
Depende da dimensão e complexidade do imóvel.Uma fração residencial pode ser analisada em poucos dias; edifícios de média ou grande escala podem exigir várias semanas.
Na ImoVeritas, estabelecemos prazos realistas e garantimos comunicação contínua com o cliente, enviando atualizações sempre que surgem achados relevantes.
Como é utilizado o relatório pelo comprador ou investidor?
O relatório técnico é uma ferramenta de decisão.Com ele, o comprador pode:
Renegociar o preço, com base em custos de reparação;
Exigir correções antes da escritura;
Planear intervenções futuras de manutenção ou reabilitação;
Avaliar o retorno e a sustentabilidade do investimento.
A due diligence técnica transforma-se, assim, num documento estratégico que reduz riscos, aumenta transparência e melhora o poder de negociação.
Conclusão
O processo de due diligence técnica é metódico, transparente e mensurável.
Cada etapa — da análise documental à inspeção e ao relatório — tem como propósito proteger o investimento do cliente e garantir que cada decisão é tomada com base em factos.
Na ImoVeritas, acreditamos que um bom negócio começa com um diagnóstico rigoroso.
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