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Quando deve ser feita uma Due Diligence Técnica?

Muitos compradores e investidores acreditam que a Due Diligence Técnica deve ser realizada depois de comprar o imóvel.


Na verdade, o momento certo é antes de qualquer decisão ou assinatura, quando ainda há margem para avaliar riscos, negociar preços e evitar surpresas.


A Due Diligence Técnica não é apenas uma formalidade — é uma ferramenta de prevenção e proteção patrimonial, que deve estar no início de qualquer operação imobiliária.



A Due Diligence Técnica deve começar antes da compra


O objetivo principal da Due Diligence Técnica é avaliar a condição real do imóvel e identificar eventuais problemas construtivos, legais ou funcionais que possam implicar custos futuros.

Por isso, deve ser realizada antes da assinatura do contrato-promessa ou de qualquer pagamento significativo.


Nesta fase, a equipa técnica analisa a documentação disponível, realiza inspeções no local e elabora um relatório detalhado com:


  • O estado geral do edifício ou fração;

  • As conformidades e irregularidades urbanísticas;

  • As necessidades de manutenção ou reabilitação;

  • Os riscos técnicos e financeiros associados.


O resultado é uma base sólida para decidir se vale a pena avançar, renegociar ou desistir da compra.



Em obras ou reabilitações, a Due Diligence evita surpresas


Em imóveis usados ou edifícios antigos, o risco de problemas ocultos é maior — infiltrações, fissuras, falhas estruturais, ou deficiências em redes técnicas.


Nestes casos, a Due Diligence Técnica atua como uma auditoria prévia à reabilitação, ajudando a definir prioridades e estimar custos de intervenção com rigor.


Quando realizada antes de elaborar o projeto de reabilitação, esta análise permite:


  • Evitar duplicação de trabalhos e gastos imprevistos;

  • Planear soluções técnicas mais duráveis;

  • Garantir que as obras cumprem as normas em vigor e as exigências de licenciamento.


Assim, o investimento é feito com conhecimento e controlo sobre a realidade construtiva do imóvel.


Em imóveis novos ou em construção, protege o comprador


A Due Diligence Técnica também é essencial em empreendimentos novos ou recentes, especialmente quando adquiridos a promotores.


Apesar de aparentarem estar em perfeito estado, é frequente existirem anomalias de execução, falta de conformidade com o projeto licenciado ou omissões documentais que só uma análise independente consegue identificar.


Neste contexto, a due diligence assegura que:


  • As obras estão concluídas de acordo com o projeto aprovado;

  • As licenças e certificações estão válidas;

  • Os sistemas e acabamentos cumprem os padrões de qualidade contratados.


Desta forma, o comprador garante que o imóvel adquirido corresponde exatamente ao que foi prometido, sem surpresas após a escritura.


Quando mais cedo, melhor


O ideal é solicitar uma Due Diligence Técnica logo após manifestar interesse num imóvel, antes de qualquer decisão vinculativa.


Quanto mais cedo for feita a avaliação, maior será a capacidade de:


  • Detetar riscos e irregularidades;

  • Corrigir falhas contratuais;

  • Renegociar o preço com base em dados técnicos objetivos.


O atraso neste processo pode resultar em custos inesperados, obras urgentes ou litígios futuros — problemas que uma análise técnica atempada teria evitado.


Conclusão: a Due Diligence é o primeiro passo, não o último


A Due Diligence Técnica é, em essência, o início de qualquer investimento imobiliário seguro.


Realizá-la antes da compra é a única forma de garantir que o imóvel está conforme, viável e livre de surpresas.


O momento certo é sempre o mesmo: antes de comprometer o seu investimento.













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