Quando deve ser feita uma Due Diligence Técnica?
- GESTURBE

- 3 de nov.
- 2 min de leitura
Muitos compradores e investidores acreditam que a Due Diligence Técnica deve ser realizada depois de comprar o imóvel.
Na verdade, o momento certo é antes de qualquer decisão ou assinatura, quando ainda há margem para avaliar riscos, negociar preços e evitar surpresas.
A Due Diligence Técnica não é apenas uma formalidade — é uma ferramenta de prevenção e proteção patrimonial, que deve estar no início de qualquer operação imobiliária.
A Due Diligence Técnica deve começar antes da compra
O objetivo principal da Due Diligence Técnica é avaliar a condição real do imóvel e identificar eventuais problemas construtivos, legais ou funcionais que possam implicar custos futuros.
Por isso, deve ser realizada antes da assinatura do contrato-promessa ou de qualquer pagamento significativo.
Nesta fase, a equipa técnica analisa a documentação disponível, realiza inspeções no local e elabora um relatório detalhado com:
O estado geral do edifício ou fração;
As conformidades e irregularidades urbanísticas;
As necessidades de manutenção ou reabilitação;
Os riscos técnicos e financeiros associados.
O resultado é uma base sólida para decidir se vale a pena avançar, renegociar ou desistir da compra.
Em obras ou reabilitações, a Due Diligence evita surpresas
Em imóveis usados ou edifícios antigos, o risco de problemas ocultos é maior — infiltrações, fissuras, falhas estruturais, ou deficiências em redes técnicas.
Nestes casos, a Due Diligence Técnica atua como uma auditoria prévia à reabilitação, ajudando a definir prioridades e estimar custos de intervenção com rigor.
Quando realizada antes de elaborar o projeto de reabilitação, esta análise permite:
Evitar duplicação de trabalhos e gastos imprevistos;
Planear soluções técnicas mais duráveis;
Garantir que as obras cumprem as normas em vigor e as exigências de licenciamento.
Assim, o investimento é feito com conhecimento e controlo sobre a realidade construtiva do imóvel.
Em imóveis novos ou em construção, protege o comprador
A Due Diligence Técnica também é essencial em empreendimentos novos ou recentes, especialmente quando adquiridos a promotores.
Apesar de aparentarem estar em perfeito estado, é frequente existirem anomalias de execução, falta de conformidade com o projeto licenciado ou omissões documentais que só uma análise independente consegue identificar.
Neste contexto, a due diligence assegura que:
As obras estão concluídas de acordo com o projeto aprovado;
As licenças e certificações estão válidas;
Os sistemas e acabamentos cumprem os padrões de qualidade contratados.
Desta forma, o comprador garante que o imóvel adquirido corresponde exatamente ao que foi prometido, sem surpresas após a escritura.
Quando mais cedo, melhor
O ideal é solicitar uma Due Diligence Técnica logo após manifestar interesse num imóvel, antes de qualquer decisão vinculativa.
Quanto mais cedo for feita a avaliação, maior será a capacidade de:
Detetar riscos e irregularidades;
Corrigir falhas contratuais;
Renegociar o preço com base em dados técnicos objetivos.
O atraso neste processo pode resultar em custos inesperados, obras urgentes ou litígios futuros — problemas que uma análise técnica atempada teria evitado.
Conclusão: a Due Diligence é o primeiro passo, não o último
A Due Diligence Técnica é, em essência, o início de qualquer investimento imobiliário seguro.
Realizá-la antes da compra é a única forma de garantir que o imóvel está conforme, viável e livre de surpresas.
O momento certo é sempre o mesmo: antes de comprometer o seu investimento.
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